quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Uma dose de narcisismo

Este é um post para descontrair um pouco e sair do foco do livro


Olá, essa acima sou eu (para quem ainda não conhece). Essa é a foto que vai entrar na orelha do livro. Junto dela estará minha "grande" biografia de duas linhas: "Cecília Lima nasceu em João Pessoa no dia 11 de agosto de 1990. Cursou Jornalismo na Universidade Federal da Paraíba e é atualmente repórter cultural no Jornal O Norte, pertencente ao grupo dos Diários Associados."


Aqui, entretanto, vou me permitir um instante de vaidade e falar um pouco de mim.


Eu tenho 21 anos e nasci em João Pessoa, capital do estado da Paraíba, no nordeste do Brasil. Morei dos 8 aos 15 anos em São José do Egito, interior pernambucano e terra do meu pai. Posso dizer, portanto, que conheço tanto o sertão quanto o litoral dessa pequena parte do país. A paisagem que sempre me fascinou, entretanto, nunca foi nenhuma das duas. Desde criança, o que me atraía era a ruína.


E muitas pessoas, entre amigos e familiares, podem comprovar isso. Esse gosto pelo antigo, pelos destroços, por lugares abandonados. Talvez por tudo isso, acredite que tenho uma alma "velha". Para mim sempre foi um deleite andar pelas ruas antigas do Varadouro, Tambiá, Jaguaribe, bairros centenários de João Pessoa.


Este ano conheci Políbio Alves e sua literatura me chamou de pronto. Ali encontrei um escritor que fala de tudo isso. Do glamour decadente dos velhos palacetes, dos armazéns abandonados, dos fantasmas das pessoas que viveram pelas antigas ladeiras da cidade. Passei a investigar sua vida e sua obra e, aos poucos, sem que eu desse por mim, o esboço desse livro já se desenhava na minha cabeça.


Por coincidência, o gênero literário que mais gosto de ler é o romance histórico (História, outra paixão). Depois vêm as biografias. Nesses estilos, gosto muito da escrita de Fernando Morais, Ruy Castro e Domingos Meireles. Todos eles brasileiros e, adivinhem, jornalistas. Percebi que são gêneros que andam de mãos dadas com o jornalismo.


Juntando toda essa influência e, óbvio, com a sorte de ter conquistado um personagem riquíssimo, escrevi meu primeiro livro. Uma biografia, um "romance de não-ficção", como denomina no Jornalismo Literário. Torço para que este livro cumpra seu papel e que depois dele venham outros. As ideias já começam a fervilhar.

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