sábado, 3 de dezembro de 2011
Data da defesa
Tive alguns problemas para marcar a data da defesa, mas consegui agendá-la para o último dia.
Todos os que tiverem interesse em assistir estão convidados...
A defesa do meu livro-reportagem será no dia 16/12/11, às 16h, na Sala Aruanda do Departamento de Comunicação da UFPB.
domingo, 27 de novembro de 2011
A bênção do personagem
segunda-feira, 21 de novembro de 2011
Enfim, impresso!
Muita gente tem perguntado como fazer para adquirir o livro. Bem, isso é uma questão mais delicada. A priori, imprimi poucas cópias apenas para levar para a banca da universidade, entregar a alguns outros professores e ao próprio Políbio, claro. Vou, com toda certeza, fazer uma tiragem maior. Preciso só me organizar financeiramente para isso, porque quem vai bancar sou eu. Aviso que no final de dezembro/início de janeiro vou começar a pré-venda do livro pela internet, pois acho mais fácil que vender de porta em porta e possibilita também que pessoas de outros estados adquiram.
sexta-feira, 18 de novembro de 2011
Encerramento do Ano Cultural
quarta-feira, 9 de novembro de 2011
"Turvas Mágoas"
segunda-feira, 7 de novembro de 2011
A CAPA (definitiva)
Uma curiosidade:
A foto que está na contra-capa do livro é o piso da Casa da Pólvora. Foi um insight do meu pai, ele pediu e eu tirei a foto. Porém, o fiz sem nenhuma intenção de usar. Depois achei bonita e ela terminou entrando como uma textura aí.
O que acharam?
Aqui abaixo transcrevo o texto que está na contra-capa (ele foi escolhido quase na hora de levar para a gráfica! #Correria):
“A Alfândega e a Associação Comercial, tão próximas à sua humilde morada, simbolizavam um mundo do qual ele era um mero observador. Seus domínios eram outros. Políbio era dono dos becos e ruas do Varadouro. Gostava de subir - com esforço - a íngreme Ladeira de São Francisco, passando ao lado da Casa da Pólvora até chegar ao pátio do convento franciscano. Lá do alto observava o Sanhauá fazendo uma curva, qual um cotovelo. A pé, ia fazendo o caminho de volta.
No comecinho da Rua General Osório – Rua Nova – ouviam-se melodias de Schubert e Brahms saídas das janelas da igreja de São Bento, ao meio-dia. Mais à frente, estava a Basílica de Nossa Senhora das Neves, a catedral. Completando o largo, o Colégio das Neves exclusivo para as mocinhas da cidade.
Políbio apertava o passo até chegar à viela que escorria ao lado do colégio: a Ladeira da Borborema. Para ele era a “Ladeira das Pedras”. Do topo, avistavam-se os cabarés, oficinas mecânicas e cortiços da Cidade Baixa: seu reino. Assim – entorpecido com a cobiça infantil pela aventura – descia a ladeira em desabalada corrida. Cruzava a Rua da Areia até chegar à Cardoso Vieira, onde parava para recuperar o fôlego e voltar para casa.”
(Fragmento do 5º Capítulo - "O Reino")
domingo, 6 de novembro de 2011
O poeta na praça
Nessa Praça existe um busto de Anthenor Navarro, isso praticamente todo mundo sabe. O que nem todo mundo sabe é que nesse mesmo monumento existe uma placa com alguns versos do poema Varadouro de Políbio Alves. Infelizmente o patrimônio está deteriorado, como muitos outros espalhados pela cidade.
veias e o coração
sexta-feira, 4 de novembro de 2011
Diagramação: primeira versão
quinta-feira, 3 de novembro de 2011
Uma dose de narcisismo
segunda-feira, 31 de outubro de 2011
O parto
é com imenso prazer que registro aqui: concluí o livro. Nasceu! É um menino!
A estrutura ficou conforme o planejado: apresentação, 7 capítulos, epílogo.
Depois que eu fizer a primeira tiragem (20 cópias), vou procurar alguém para prefaciar e, aí sim, imprimir a 1ª edição do livro para comercializar.
Na verdade, terminei o livro na madrugada do sábado para o domingo. Desde então, simplesmente não tive nem um minuto livre para postar aqui. Foi muito trabalho de revisão, edição de imagens etc.
Ontem (domingo), meu orientador leu pela última vez o trabalho. Foi um momento ótimo, inclusive pelo lugar do nosso encontro. Como eu estou em Olinda, na casa de Maria Livia (http://cincojantares.blogspot.com), marcamos de nos ver na Livraria Cultura, em Recife.
Thiago me entregou os seis primeiros capítulos corrigidos e leu o restante. Suas observações geralmente se detiveram a "edição" de alguns momentos do livro em que eu incorro na redundância. Também conversamos sobre o 4º capítulo "A FÉ", o mais problemático, que precisou de alguns ajustes.
Mais uma madrugada de trabalho (meu déficit de sono está nas alturas!) e levamos os originais para a gráfica Livro Rápido, aqui em Olinda, nesta segunda-feira (31). Digo eu e Maria Livia, que também levou o Cinco Jantares, feito em parceria com Felipe Ramelli.
Devo dizer que hoje senti um misto de alívio por ter dado tempo, ansiedade para ver como vai ficar a primeira versão do livro (deve ser enviada para aprovação até o final de semana), mas sobretudo de uma imensa felicidade por ver que, com dedicação, consegui terminar o que há alguns meses parecia ser um sonho.
Depois vou postando maiores detalhes.
Quero agradecer a leitura dos amigos que votaram na enquete sobre a capa (surpresa qual vai ser!).
Também agradeço os comentários de pessoas que eu não conheço pessoalmente, mas que deram sua colaboração. Continuem acompanhando!
quarta-feira, 26 de outubro de 2011
A Capa
terça-feira, 25 de outubro de 2011
Romance Polifônico
Com o produto (livro) em reta final, começamos agora a nos preocupar com outra etapa: o relatório. Ele é estruturado em forma de artigo científico e lá se colocam os relatos de experiência junto ao embasamento teórico da coisa toda. A importância desse segundo trabalho é mostrar para nós, alunos, que a universidade não serve apenas para ensinar a técnica e como elaborar um produto jornalístico, mas também para nos fazer refletir sobre o processo da comunicação e as repercussões possíveis dele.
Thiago diz que o que eu estou escrevendo tem nome e se chama "Romance polifônico". O livro se estrutura basicamente em cima de quatro vozes: o Políbio Alves poeta (fragmentos de Varadouro), a autora ficcionista (meus contos com "linguagem literária"), a autora jornalista (meu discurso com "linguagem jornalística") e Políbio Alves por ele mesmo (depoimentos do escritor em 1ª pessoa). Preciso pesquisar sobre esse gênero com urgência. Se alguém que estiver lendo esse blog tiver sugestões de bibliografia, por favor cite nos comentários!
Adianto aqui a estrutura que o livro terá (e o status de como está o andamento do meu trabalho):
* Apresentação (por fazer)
* Capítulo I: O TREM (feito)
* Capítulo II: O RIO (feito)
* Capítulo III: A RUA (feito)
* Capítulo IV: A FÉ (feito)
* Capítulo V: O REINO (feito)
* Capítulo VI: O SONHO (pela metade)
* Capítulo VII: O EXÍLIO (por fazer)
* Epílogo (por fazer)
Lembrando que cada capítulo é composto por um fragmento de Varadouro + um conto meu + o texto da reportagem intercalado com depoimentos do personagem
Nova missão: preciso escolher a foto da capa. Detalhe, eu tenho mais de 800 opções e está sendo dificílimo.
domingo, 23 de outubro de 2011
Hotel Luzo-brasileiro e Hotel Globo
O quartinho que Políbio ocupava com a mãe, Dona Luzia, ficava localizado na Rua Cinco de Agosto, próximo à Praça Álvaro Machado, que, por sua vez, ficava em frente ao Porto do Capim. O logradouro era também chamado de Largo das Gameleiras e Praça da Sopa, por concentrar a frota de carros, as “sopas”, que transportavam passageiros para o interior do Estado. Nesta praça foi instalado em 1916 o Hotel Luzo-brasileiro, do qual hoje resta apenas a fachada em ruínas. Também chamado de Hotel do Norte, era pouso de caixeiros viajantes, propagandistas e toda sorte de pequenos negociantes nos anos 50.
O Luzo-brasileiro juntamente ao Hotel Globo eram os lugares mais distintos para se hospedar em visita à capital paraibana nas primeiras décadas do século XX. O Globo era propriedade do empresário Henrique Siqueira, “Seu Marinheiro”, e ocupava desde 1928 um prédio de estilo neoclássico no Largo de São Pedro Gonçalves, cujo salão principal era decorado com cristais tchecos e porcelana inglesa. A Paraíba atravessava tempos prósperos com o comércio do algodão, que passou a ser chamado “ouro branco”. No Hotel Globo se acomodavam os poderosos coronéis do sertão, políticos e empresários de outros estados e países.
Em 1953, Políbio Alves tinha doze anos. Por essa época quem administrava o hotel já não era mais Seu Marinheiro, mas seu filho Aguinaldo Siqueira – Guinô. A desativação do Porto do Capim em detrimento da inauguração do Porto de Cabedelo arrastava o Varadouro para a decadência pouco a pouco desde o final dos anos 30. O Hotel Globo sentia a mudança: já não ostentava o luxo de outrora, ainda mais contando com a concorrência do Paraíba Palace Hotel, maior e mais moderno.
Salão principal (foto grande); Seu Marinheiro e esposa; Aguinaldo Siqueira; moça sentada no jardim do hotel. (Fotos expostas em painel dentro do Hotel Globo)
Detalhe da fachada (foto: Cecília Lima)
sábado, 22 de outubro de 2011
Anjos e demônios do Varadouro
Eis que nesta madrugada, eu estava trabalhando no TCC e decidi fazer uma busca no lugar mais óbvio que poderia existir: o site do Youtube. Lá estava ele, Anjos e Demônios do Varadouro, na íntegra. Assisti no mesmo instante as quatro partes do filme.
Ao contrário do que eu imaginava, o curta não é um documentário. É mais um vídeo experimental, na qual podemos ouvir o próprio JMB recitando o poema-épico Varadouro, do início ao fim. Ilustrando isso, vemos imagens da Ponte do Baralho, do rio Sanhauá, comunidade do Porto do Capim, Rua Maciel Pinheiro etc.
Destaco aqui a presença do próprio Políbio Alves, que já aparece no comecinho do vídeo e em outras partes também. Também é interessante, para quem conhece o centro histórico de João Pessoa, observar as mudanças daquele cenário. O Hotel Globo e o Largo de São Pedro Gonçalves bem diferentes da restauração. Ver aquilo tão acabado em 1994 e o lugar lindo que é hoje mostra que, tendo vontade, dá sim para recuperar aquela área antiga, por pior que esteja a sua situação.
O vídeo tem muitas alegorias que não enxergo significado. Não faz o tipo de cinema que eu aprecio, mas é traz imagens belíssimas e é um bom registro. É apenas uma opinião minha, isso não desmerece a obra.
PARTE I: http://www.youtube.com/watch?v=Lk00oIYpIcU
PARTE II: http://www.youtube.com/watch?v=IXcOejEE7fc&feature=related
PARTE III: http://www.youtube.com/watch?v=tWb10S7BcHE&feature=related
PARTE IV: http://www.youtube.com/watch?v=MwPlR1pF2l0&feature=related
segunda-feira, 17 de outubro de 2011
Ensaio fotográfico
Depois vou postando outras!
segunda-feira, 10 de outubro de 2011
FOTOS
terça-feira, 4 de outubro de 2011
A Rua
O nome do filho ilustre foi dado a uma das principais vias da capital, a então chamada Rua do Comércio. Até a década de 50, concentravam-se ali os principais bazares da cidade como a conceituada Alfaiataria Griza, onde era ditada a moda no vestuário dos pessoenses. Lojas famosas de todo tipo de mercadoria: tecidos, calçados, jóias, papelarias, tabernas, farmácias, boticários e também oficinas de carpintaria e vidraçaria, dentre outras especificidades.
No século XIX e início do século XX era comum que o comerciante residisse no pavimento superior de seu estabelecimento. Os sobrados de primeiro andar eram construídos e decorados com requintes arquitetônicos de matrizes européias. Esses casarões tinham eira, beira e sobreira – também chamada de tribeira – detalhes nas bordas dos telhados que conferiam ao proprietário seu status correspondente. Os mais abastados tinham várias alegorias chamadas de sobreiras. Os imóveis dos menos ricos apresentavam detalhes chamados beiras; os de médio poder aquisitivo, apenas eiras. Aqueles que não tinham “eira nem beira” atestavam sua incapacidade de prover dignamente uma esposa e eram descartados.
Antes, porém, de ser nomeada Maciel Pinheiro, a via que une a Rua da República e a Praça Anthenor Navarro teve outros nomes. Durante o Segundo Império foi chamada de Rua Conde D’Eu, em alusão ao militar e consorte casado com a Princesa Isabel, filha de Dom Pedro II. Antes disso, a rua já mostrava indícios de sua sina: em meados do século XVIII era denominada Rua das Convertidas, por acolher uma espécie de abrigo mantido pela Igreja Católica com a finalidade de “tratar” através de penitências e muitas orações as “mulheres de vida fácil” que desejassem se redimir.
segunda-feira, 3 de outubro de 2011
RETRATOS
sexta-feira, 30 de setembro de 2011
Reportagem na Tv Cabo Branco
Assistam!
http://g1.globo.com/videos/paraiba/v/talentos-da-paraiba-conheca-mais-sobre-polibio-alves/1647109/#/Todos%20os%20Vídeos/page/1
PS.: deixo o link, pois o vídeo não está no youtube.
terça-feira, 27 de setembro de 2011
O Brasil e a (falta de) Educação
A História nos dá pistas. Em 28 de outubro de 1538 era fundada no território que hoje corresponde à República Dominicana a Universidad Autónoma de Santo Domingo, a primeira fora da Europa. Depois vieram mais centros acadêmicos: San Marcos, no Peru (1551), México (1553), Bogotá (1662), Cuzco (1692), Havana (1728) e Santiago (1738). Enquanto isso, durante o período colonial, as universidades eram proibidas por legislação específica no Brasil, assim como a imprensa. Apenas em 1808 – quando a família real foi obrigada a fugir para a colônia que ela considerava o banheiro de Portugal – o ensino superior foi legalizado.
Vejamos aí quanto séculos de atraso esse lugar sofreu. Quase trezentos anos. Em princípio, o Brasil foi vítima do colonialismo predatório dos portugueses que, além de sugar tudo o que havia aqui e não ter a menor intenção de investir no território, proibiu a criação de universidades públicas ou privadas. É aquela conhecida política de jogar sal na terra para que nada floresça ali. Concordam?
Os erros, entretanto, não pararam por aí. Sofrer com a exploração das metrópoles todas as colônias da América Central e do Sul sofreram e por que outros lugares se desenvolveram mais que o Brasil? Tudo uma questão de prioridades, como diria uma amiga. Educação nunca foi assunto primordial na agenda do governo brasileiro. E o que mais irrita nisso tudo é a pompa e arrogância do nosso país que, literalmente, dá as costas aos seus companheiros de continente, acha-se superior, e não percebe quão atrasado está em relação a eles.
Este ano, Buenos Aires foi eleita pela Capital Mundial do Livro. Estava concorrendo com Caracas, Lagos (Nigéria), Havana, Porto Novo (Benin), Sharjah (Emirados Árabes) e Teerã. Vejam só. Pesquisas mostram que os argentinos lêem quatro vezes mais que os brasileiros. Ligue a TV, leia o jornal, acesse os portais de notícias. O resultado disso está lá. Todos os dias há protestos públicos na Plaza de Mayo. As pessoas não aceitam tudo caladas, elas têm disposição para lutar pelo que acreditam ser melhor pra nação delas e tudo isso converge para um simples fato: educação. Informação tem poder.
O México publica livro a preços extremamente acessíveis e em grande quantidade. Com centavos é possível adquirir um exemplar digno. No Brasil o mercado editorial é vergonhoso. A literatura de qualidade disponível em português que atende a cursos universitários é irrisória, pouca variedade e caríssima. Procure saber quanto custa um livro de Medicina, por exemplo. Publicar um livro aqui, então, é uma via crucis, muitos teimosos se aventuram a fazer isso por conta própria e acabam estocando seus livros em casa porque falta leitor.
E falta leitor por quê? Por que no Brasil é mais admirável ser bonito que ser inteligente. Por que se prolifera a cultura da esperteza e não do esforço. A verdade é essa. Eu, humildemente, quero trazer no meu livro uma mensagem. Esse livro que nem sei se um dia vai chegar a ser vendido numa livraria – pelas várias razões que já citei nesse texto.
A mensagem que eu quero passar é a que Políbio me transmitiu desde a primeira vez que conversamos. Conhecimento tem poder. Eu ouvi esse homem dizer que foi praticamente um mendigo e que não se tornou um marginal porque viu nos livros uma tábua de salvação. Assim, sem dinheiro, sem ser apadrinhado por ninguém, sem apelar para a venda do próprio corpo, ele conseguiu conquistar um emprego digno e respeitabilidade.
Enquanto o Brasil colocar a Educação e a formação de boa qualidade em segundo plano, enquanto cassar diplomas de curso superior como fizeram com o da minha profissão, seremos um país de alienados. Massa de fácil manipulação.
segunda-feira, 26 de setembro de 2011
Curtas
* Já estou com três capítulos escritos. Estou dando uma ajustada no terneiro, mas a grosso modo está pronto!
* Vou tentar marcar a visita ao Varadouro + sessão de fotos com Políbio para o dia 16 de outubro
* A gráfica Livro Rápido em Olinda demora cerca de 10 dias para fazer os livros. Assim sendo, precisarei mesmo terminar tudo até o final de outubro, pois antes da impressão é preciso diagramar e fazer a arte do livro.
* Quase todos os dias me aparecem gratas surpresas que ajudam a colocar esse TCC para frente. Hoje, por exemplo, descobri que minha colega de redação Lindjane Pereira fez sua monografia sobre jornalismo literário, mais que isso: trata-se de um longo estudo sobre a BIOGRAFIA como sub-gênero do Jornalismo Literário! Melhor impossível, não? Já estou com de posse dela e vou ler o quanto antes, vai me ajudar a escrever o relatório com o referencial teórico.
PS.: Eu peço a todos que visitam o blog que VOTEM na enquete sobre o título do livro. Sério, estou bastante em dúvida e opiniões externas podem ajudar. Também é possível sugerir um título (Faça isso deixando um comentário em qualquer tópico ou mandando a sugestão para ceciliaxlima@gmail.com)
PS.: Também peço que COMENTEM no blog, nem que seja um " :) ". Saber que eu tenho uma audiência, por menor que seja, estimula a escrever mais.
Beijos!
sábado, 24 de setembro de 2011
Primeiros capítulos e O Que Resta dos Mortos
[...]
"Ou talvez, me conduzisse àquela hora ao camuflado formigueiro da minha pele onde descubro que é preciso urgentemente repelir suas mãos pousadas sobre as minhas - espécie de bruxa, sem qualquer clemência à ereção do meu corpo - habitualmente amestradas, às escondidas, ali mesmo, na rusticidade dos meus pêlos, porventura mais sedosos de suor. E trêmulos. Tudo matéria de solidão. E mais, às voltas, toda essa parafernália de cacoetes. Assim, os lábios molhados de cuspe, soltando a língua na enxurrada de palavras obcenas. Essas, tão intensas, para que a minha subterrânea e enorme tristeza não se convulsione implacável sobre as criaturas."
A leitura não é fácil, mas me mantém presa. E surpresa, sempre.
quinta-feira, 22 de setembro de 2011
Fotografias
quarta-feira, 21 de setembro de 2011
"O conhecimento tem poder"
Primeira etapa vencida
Voltando ao assunto desse post: estabeleci como metas para mim o seguinte roteiro de 10 passos:
1 - Apuração: colher os depoimentos do personagem central (Isso foi feito nos dias 10 e 17 de setembro, em que estive na casa dele, entrevistando-o)
2 - Transcrição: passar para o papel tudo o que foi conversado, sem grandes preocupações com formatação (Isso foi feito gradativamente nas últimas semanas. Durou até mais tempo do que gostaría, mas apareceram imprevistos que me impossibilitaram de correr com isso)
3 - Blocar os temas: dividir as falas do entrevistado de acordo com o assunto abordado (pendente)
4 - Textos literários: escrever TODOS os contos que integrarão o livro (explicarei mais sobre isso em posts futuros. Já existe um feito!)
5 - Textos jornalísticos: escrever os capítulos essencialmente jornalísticos (pendente)
6 - Fotografia: marcar com o Políbio uma visita ao Varadouro e sessão de fotos. É essencial visitar o cenário com o personagem (pendente - provavelmente será na primeira quinzena de outubro)
7 - Edição: o texto final passará pelo crivo do orientador e do personagem. Sim, pretendo pedir a aprovação dele, pois coisas íntimas serão expostas e preciso saber se podem ser divulgadas.
8 - Editoração: encontrar um designer que possa fazer a capa e o miolo do livro e prepará-lo para a impressão.
9 - Impressão: Pretendo mandar o livro para a impressão nos primeiros dias de novembro, sem falta.
10 - Relatório: Sim, acreditem, além de escrever um livro eu preciso redigir também um relatório da experiência em um formato meio parecido com uma monografia. Sinceramente não estou tão preocupada com isso. Acho que depois de escrever um livro, isso será o de menos. Trabalho chato, mas que não assusta. Quero chegar ao dia 22 de novembro tranquila e serena na coordenação do curso entregando tudo isso. Mãos à obra! É uma jornada de louco.
OBS.: Decidi escrever a parte literária separada da jornalística por um motivo bem pessoal. Quero aproveitar a inspiração do dia para fazer o máximo de ficção possível. Há dias em que eu estou com o texto mais solto pra isso e é bom aproveitar.
terça-feira, 20 de setembro de 2011
Políbio colecionador
"Pinacoteca" de Políbio
Lembram do poema Recado que postei há uns dias? "Deixe as telas de Lacet, os poemas de Lorca, os discos de Caetano". Eis aqui um dos primeiros desenhos do paraibano Alberto Lacet.
Uma tela de Lacet
segunda-feira, 19 de setembro de 2011
FOTOGRAFIAS
Sobrados da Praça Anthenor Navarro, à noite. Em Varadouro, o lugar é chamado de Paço Imperial, pois o imperador Dom Pedro II andou por aí quando esteve de passagem na Paraíba.
Paraíba Palace Hotel na noite de reinauguração do Ponto de Cem Réis. Políbio trabalhou aí dos 12 aos 18 anos, quando o hotel era propriedade da família Minervino. Hoje se encontra abandonado.
Uma "boate" da Rua da Areia. Até a década de 60, a cidade baixa era o reduto da boemia. Poetas, prostitutas e bêbados. Até hoje a área ainda abriga alguns cabarés, mas não tem mais o "glamour" de antigamente.
Ladeira de São Francisco. Essa foi a primeira rua calçada da cidade. Ela sai do páteo da igreja de São Francisco e desce até quase chegar na Anthenor Navarro.
Varadouro. A torre da Igreja de São Frei Pedro Gonçalves vista da Casa da Pólvora.
Varadouro. A mesma visão, agora acrescentando um pedacinho do rio Sanhauá.
Igreja de São Francisco. Um dos complexos barrocos mais importantes do mundo.
Ladeira de São Frei Pedro Gonçalves. Essa ladeira sai do Largo de mesmo nome e desde até a linha do trem, passando pela frente do Hotel Globo.
Ladeira de São Frei Pedro Gonçalves. A mesma ladeira só que vista de outro ângulo. De baixo para cima. No alto, avista-se o antigo Hotel Globo, citado no livro Varadouro, gerido por Seu Guinô Siqueira.
Armazém de Secos e Molhados. Este, no pé da ladeira de São Frei Pedro Gonçalves é um dos vários armazéns citados por Políbio em sua obra. Lá o cheiro insosso da charque se misturava ao dos grãos e temperos.
Os fundos da antiga Alfândega. A construção se encontra deteriorada e passando por restauração. A alfândega, Políbio conta, era para ele sinônimo de "lugar importante", onde os homens iam sempre de terno. Aí por perto morava um preto velho rezadeiro do qual o poeta gostava quando era criança.
A linha do trem. Trecho perto da Alfândega onde há a linha do trem que vai para Cabedelo. O meio de transporte ainda está ativo, mas já não é mais tão utilizado como antigamente.